quinta-feira, 30 de agosto de 2007

domingo, 26 de agosto de 2007

oratória

Os gregos e os romanos entendiam de oratória. Eles eram grandes oradores. Infelizmente os descendentes diretos (os falantes de línguas neolatinas) não são os herdeiros deles, mas os anglo-saxões. O melhor exemplo de oratória encontra-se em Shakespeare, o imortal bardo. Basta ler o ato III, cena II de Júlio César para perceber isso ou o discurso de Henrique V (ato IV, cena III). Qualquer filme besta americano tem um discurso bonito do presidente (que inveja! o presidente do Brasil mal sabe escrever e falar) . Devemos voltar a ensinar oratória e estimular concursos. Um grande país pensa grandiosamente.

ditado

Sete pedras podem quebrar meus ossos, mas nada pode tirar a minha dignidade. K

Minha formação

No meu curso de Letras fiquei chocado com a prepotência e arrogância de alguns alunos. Eles acreditavam que sabiam e tinham lido mais do que alguns professores. Eram um bando de jovens (a maioria ainda adolescentes) que tinham lido (muito mal, na maioria das vezes) meia dúzia de clássicos (se tanto). Achavam-se intelectuais por cursarem letras e serem aspirantes a escritores (alguns fazendo oficinas com escritores medíocres, que elogiam qualquer porcaria escrita por eles). Isso é um ultraje à cultura. O estudante de Letras deve ser o mais humilde e saber reconhecer a sua ignorância. Ninguém, hoje em dia, tem a capacidade, tempo ou condições de ler tudo. Lemos somente uma parte do que nos é possível. Há uma série de lacunas na nossa formação literária. Por exemplo: quem leu tudo de Sêneca, Plauto, Terêncio, Ovídio, Virgílio ou Catulo? Se alguém leu, provavelmente não leu tudo de Musset, Camus, Calvino, Borges ou Guimarães Rosa. As nossas leituras são desordenadas e incompletas. Reconhecendo isso, chega-se a mesma conclusão de Sócrates: "só sei que nada sei."

Latim e grego

Fico impressionado como o governo brasileiro não dá bola para a educação. As línguas latina e grega foram retiradas do currículo escolar numa reforma. Isso deveria ser chamado de "deforma" curricular. Obviamente, isso foi uma estratégia de manter o povo na ignorância. O conhecimento de latim e grego é fundamental para o desenvolvimento de vocabulário. Aprendi português, com relativa facilidade, graças ao conhecimento de latim e grego que possuía. Tenho alguns amigos cultos que acreditam nisso, mas não se esforçam para aprender ou divulgar a aprendizagem destas duas línguas, que são a base da cultura ocidental.

Jornalismo atual

É uma pena que um país como o Brasil, com a diversidade racial, política e cultural que tem, não saiba fazer jornalismo de verdade. 99% dos jornais e revistas dizem-se imparciais. Isso é uma bobagem: não existe imparcialidade. Por isso, eu admiro a revista Veja, pois é a única a assumir a parcialidade. Considero Diogo Mainardi o mais corajoso e inteligente jornalista brasileiro.

Variações filosóficas

"Aquilo que não nos mata, nos deixa mais forte." (F. Nietzsche)
"O que não mata, engorda." (ditado popular)
"O que não nos mata, mantém-nos em agonia." (K.)