O que somos nós sem os sonhos? Vejamos o que o bardo nos diz pela boca de Própero:
"We are such stuff
As dreams are made on, and our little life
Is rounded with a sleep".
The Tempest - Act 4, scene 1
tradução:
Nós somos feitos da mesma matéria de nossos sonhos e nossa vida é cercada por um sonho.
sábado, 13 de outubro de 2007
quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Shakespeare, o Imortal
Por que Shakespeare é imortal?
Por que ele não é lido no nosso país?
Porque há uma mentalidade tacanha e nacionalista de só valorizar o que é local.
De acordo com Ben Jonson, “ele não era de uma época, mas de todos os tempos”. Goethe disse que só Deus criou mais do que Shakespeare. Para Harold Bloom, todos os sentimentos, sejam eles bons ou maus, estão presentes nas obras de Shakespeare. Além disso, ele possui uma superioridade de intelecto, por isso está acima de todos nós na compreensão da natureza humana. O seu multiculturalismo faz com que ele seja apreciado em culturas tão diversas como a japonesa e a africana. Só Cervantes e a Bíblia podem ser comparados à influência de Shakespeare na cultura Ocidental.
Por que ele não é lido no nosso país?
Porque há uma mentalidade tacanha e nacionalista de só valorizar o que é local.
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
Literatura brasileira atual
Alguém sabe me dizer o nome de algum grande (excelente) escritor surgido nos últimos 10 anos na nossa literatura? Há um certo marasmo intelectual e criativo no país. O grosso da produção moderna é só desperdício de árvores e papel impresso. Romances pós-modernos sem enredos bons, pois esses escritores não sabem contar uma boa história. Jerônimo Teixeira foi certeiro em sua opinião a respeito dos pós-modernos: eles gostam do grotesco, mas não sabem realizá-lo.
domingo, 2 de setembro de 2007
Fernando Pessoa
Quase todo mundo, principalmente os que não conhecem e leram realmente Fernando Pessoa, sempre cita os dois primeiros versos da segunda estrofe de Mar Portuguez como os mais belos da língua portuguesa. Sim, concordo, são belíssimos e dizem muito, mas considero esses dois de Álvaro de Campos (um de seus heterônimos) os mais significativos:
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
O mundo é para quem nasce para o conquistar
E não para quem sonha que pode conquistá-lo, ainda que tenha razão.
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
domingo, 26 de agosto de 2007
oratória
Os gregos e os romanos entendiam de oratória. Eles eram grandes oradores. Infelizmente os descendentes diretos (os falantes de línguas neolatinas) não são os herdeiros deles, mas os anglo-saxões. O melhor exemplo de oratória encontra-se em Shakespeare, o imortal bardo. Basta ler o ato III, cena II de Júlio César para perceber isso ou o discurso de Henrique V (ato IV, cena III). Qualquer filme besta americano tem um discurso bonito do presidente (que inveja! o presidente do Brasil mal sabe escrever e falar) . Devemos voltar a ensinar oratória e estimular concursos. Um grande país pensa grandiosamente.
Minha formação
No meu curso de Letras fiquei chocado com a prepotência e arrogância de alguns alunos. Eles acreditavam que sabiam e tinham lido mais do que alguns professores. Eram um bando de jovens (a maioria ainda adolescentes) que tinham lido (muito mal, na maioria das vezes) meia dúzia de clássicos (se tanto). Achavam-se intelectuais por cursarem letras e serem aspirantes a escritores (alguns fazendo oficinas com escritores medíocres, que elogiam qualquer porcaria escrita por eles). Isso é um ultraje à cultura. O estudante de Letras deve ser o mais humilde e saber reconhecer a sua ignorância. Ninguém, hoje em dia, tem a capacidade, tempo ou condições de ler tudo. Lemos somente uma parte do que nos é possível. Há uma série de lacunas na nossa formação literária. Por exemplo: quem leu tudo de Sêneca, Plauto, Terêncio, Ovídio, Virgílio ou Catulo? Se alguém leu, provavelmente não leu tudo de Musset, Camus, Calvino, Borges ou Guimarães Rosa. As nossas leituras são desordenadas e incompletas. Reconhecendo isso, chega-se a mesma conclusão de Sócrates: "só sei que nada sei."
Latim e grego
Fico impressionado como o governo brasileiro não dá bola para a educação. As línguas latina e grega foram retiradas do currículo escolar numa reforma. Isso deveria ser chamado de "deforma" curricular. Obviamente, isso foi uma estratégia de manter o povo na ignorância. O conhecimento de latim e grego é fundamental para o desenvolvimento de vocabulário. Aprendi português, com relativa facilidade, graças ao conhecimento de latim e grego que possuía. Tenho alguns amigos cultos que acreditam nisso, mas não se esforçam para aprender ou divulgar a aprendizagem destas duas línguas, que são a base da cultura ocidental.
Jornalismo atual
É uma pena que um país como o Brasil, com a diversidade racial, política e cultural que tem, não saiba fazer jornalismo de verdade. 99% dos jornais e revistas dizem-se imparciais. Isso é uma bobagem: não existe imparcialidade. Por isso, eu admiro a revista Veja, pois é a única a assumir a parcialidade. Considero Diogo Mainardi o mais corajoso e inteligente jornalista brasileiro.
Variações filosóficas
"Aquilo que não nos mata, nos deixa mais forte." (F. Nietzsche)
"O que não mata, engorda." (ditado popular)
"O que não nos mata, mantém-nos em agonia." (K.)
"O que não mata, engorda." (ditado popular)
"O que não nos mata, mantém-nos em agonia." (K.)
Assinar:
Comentários (Atom)